Conversas na Aldeia Global: o Entendimento Global

Conversas na Aldeia Global: o Entendimento Global

03 abr 2016
  • Cultura

Entrados já no 11º ciclo, é a altura de fazer um breve balanço das “Conversas na Aldeia Global”. As Bibliotecas Municipais de Oeiras promovem esta iniciativa desde 2007, com a finalidade de proporcionar um espaço informal de debates sobre assuntos que marcam a atualidade. Nessa linha, são definidos ciclos temáticos anuais que servem de mote à programação. No papel de moderador, colabora o jornalista Vasco

Matos Trigo. Ao longo destes anos, têm sido convidadas personalidades versadas em diferentes domínios do conhecimento e em função dos temas em discussão. Somam-se mais de 80 sessões de diálogo e estímulo à reflexão sobre os avanços de âmbito científico, tecnológico, social, económico, cultural, filosófico, teológico ou político, no sentido de aproximar diversos temas dos cidadãos.

Em 2015, o 10º ciclo foi dedicado às «Fronteiras da Ciência e do Conhecimento », tendo passado pelo Auditório da Biblioteca Municipal vários convidados de reconhecido valor, entre os quais destacamos os investigadores Miguel Soares, Henrique Leitão, Carlos Fiolhais, José Tito de Mendonça, José Manuel Silva, David Marçal, Manuel Heitor, Alexandre Quintanilha, A. M. Galopim de Carvalho, Ana Alexandra Carvalheira, José dos Santos Lopes, os jornalistas Nuno Galopim ou Maria Elisa Domingues e o Padre Vítor Feytor Pinto.

Em 2016, o 11º ciclo está a assinalar o «Ano Internacional para o Entendimento Global». De acordo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, pretende-se promover a reflexão sobre a criação de um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas.

Neste sentido, há questões que importa perceber melhor - De que forma a atuação quotidiana tem repercussões na mudança climática global? E em que medida a melhoria da compreensão global pode apoiar na cooperação económica, social, cultural, humanitária e promover a sustentabilidade? Como alinhar a cooperação internacional e as ações nacionais? Quem ou que agentes transnacionais têm contribuído para

alargar e intensificar as ligações além das fronteiras nacionais? Que sociedades – ricas e pobres – fazem as escolhas globalmente mais eficazes?

Filipe Duarte Santos, um dos mais reputados especialistas mundiais na investigação das Ciências do Ambiente e Alterações Climáticas, veio conversar sobre Os desafios e os riscos presentes e futuros.

Rui Marques, atual presidente do Instituto Padre António Vieira, dinamizou a sessão subordinada ao tema dos Refugiados: que desafios para Portugal e a Europa? A apresentadora de televisão,

atriz e autora, Catarina Furtado, que assumiu em 2009 o compromisso de Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), relatou através do livro O que vejo e não esqueço, o seu percurso de cidadã e voluntária, envolvendo-nos na importância da solidariedade e da incursão no mundo do voluntariado.

Em maio, o Prof. José Manuel Constantino, Presidente do Comité Olímpico, e os atletas olímpicos, Susana Feitor (marcha) e Nuno Barreto (vela), conversaram sobre a importância do desporto como meio para gerar consenso e mobilizar pessoas e vontades, ao serviço não só do espetáculo e de uma economia própria e legítima, mas também de causas sociais, de dimensões e alcance igualmente universais. No mês de

junho, três membros e estudiosos das comunidades religiosas mais influentes em Portugal, Abdool Vakir (muçulmana), Esther Mucznick (judaica) e Frei Bento Domingues (católica) discutem em que medida o diálogo inter-religioso pode apoiar na promoção da paz e do entendimento entre culturas e sociedades. O diálogo deve envolver os principais problemas do mundo de hoje, incluindo a guerra, a violação dos

direitos humanos, caso do drama dos refugiados e dos ataques terroristas, ou as devastações ambientais. Aceite o convite e marque encontro nas Conversas na Aldeia Global!