Nesta Páscoa, os heróis têm rosto

Nesta Páscoa, os heróis têm rosto

27 abr 2020
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De repente o nosso mundo muda. Todos os planos que tínhamos estabelecido têm de ser refeitos, repensados, mudados na sua ordem prioritária. O inimigo que nos ataca de forma invisível e surda, parece apostado em mostrar que somos frágeis. E, depois da fragilidade física, que mostra o quão mortais somos, virá a fragilidade económica. E se, na primeira fragilidade, os guerreiros são a comunidade médica e afins; na segunda, tem de ser o poder político a liderar, mas também os dirigentes, técnicos, administrativos e operários.

Cada um de nós deverá ser um agente da mudança que pretendemos. Somos nós que melhor conhecemos a nossa comunidade. Todos temos de estar preparados para as batalhas que já se adivinham. Se estamos limitados nos nossos poderes, estamos firmes na vontade de tudo fazermos. E faremos. Esses tempos tumultuosos, pôr-nos-ão à prova. Ninguém deverá propor-se gerir uma comunidade para depois se ausentar das suas obrigações. E os tempos que aí vêm, irão obrigar-nos a dar suor e lágrimas. E daremos. Se vencemos a morte, não será a economia que nos fará soçobrar.

Estamos concretamente a reagir apoiando a comunidade mais frágil, a estabelecer relações com o tecido empresarial, a olhar por todos e, em especial, pelos que mais precisam mesmo cobertos de limitações processuais. O Tecido Social precisa de uma política social abrangente e infalível. E é essa a nossa política social. Alexandre Herculano disse ‘Que somos nós hoje? Uma nação que tende a regenerar-se: diremos mais: que se regenera’. Nós vamos mais longe na assunção do que aqui assumimos: Oeiras regenerar-se-á.

Este tempo que vivemos é difícil e diferente. Obriga-nos a buscar forças no nosso amago, regenerar-nos e extrairmos o melhor de nós. É um tempo que cada um deve inspirar o outro, para que cada um nós encontre amparo e esperança nos que ama.

Uma Santa Páscoa para todos.

O Presidente da Câmara

Isaltino Morais