A recuperação da Casa da Pesca já está a avançar. Os trabalhos de restauro começaram pela parte superior do edifício. Para traçar o plano de ação, várias entidades especializadas e credenciadas na esfera da preservação e reabilitação patrimonial foram consultadas de modo a proteger e enquadrar todas as etapas desta intervenção multidisciplinar. Conheça aqui os detalhes da recuperação deste valioso conjunto patrimonial.

O ponto de partida foi a celebração, em outubro de 2019, do ‘Auto de Cedência e Utilização’ entre a Direção Geral do Tesouro e Finanças e a Câmara Municipal de Oeiras, abrangendo diversas estruturas presentes na Quinta de Cima, em Oeiras. Esta cedência veio possibilitar à CMO promover as necessárias e imprescindíveis ações de ‘Salvaguarda, Conservação e Restauro’ nas várias estruturas que constituem esse recurso cultural insubstituível. O objetivo é pôr termo ao estado de pré-ruína que apresentam, consequência do processo de degradação e vandalismo a que foram sujeitos, bem como permitir o usufruto/visita a este ícone singular do Século XVIII.

O processo de recuperação começa pelo Conjunto Patrimonial denominado de ‘Casa de Pesca’, que abrange um terreno com mais de 18 mil metros quadrados, composto sobretudo por um Pavilhão (da Casa de Pesca), Cascata (do Taveira, também denominada dos Gigantes), Tanque e Jardins adjacentes. Mas antes mesmo de dar início aos trabalhos, uma série de procedimentos foram desencadeados para estabelecer as bases da intervenção:

• O LNEC fez a ‘Apreciação Preliminar das Estruturas de Madeira da Cobertura e dos Rebocos do Pavilhão da Casa de Pesca’, após a qual foram elaborados os relatórios respetivos do ‘Estado de Conservação das Paredes e Pavimentos e Apreciação Complementar das Estruturas de Madeira da Cobertura’, bem como o ‘Relatório de Estudo dos Rebocos do Pavilhão’;
   
• O ‘Projeto de Intervenção’ no conjunto, que abrange várias especialidades como de arquitetura, conservação e restauro, jardins, hidráulica e eletricidade, passando pela intervenção urgente no telhado (e teto) do pavilhão, foi adjudicado à Oz, Lda.;
   
• Foram desencadeadas ações de intervenção urgente nos tetos e paredes para preservação e estabilização do conjunto edificado e do património integrado presente quer no Pavilhão (atualmente protegido por uma cobertura provisória, também mandada erguer, entretanto), quer no demais edificado e espaços envolventes e componentes, nomeadamente em risco;
   
• Tratando-se de Património Cultural Nacional classificado, a Direção-Geral do Património Cultural, da Administração Central, tem sido consultada para se pronunciar em conformidade.

A próxima fase será a intervenção urgente na cobertura e tetos do pavilhão, para Ihes devolver a função e eficácia.

Ainda antes da execução dos demais trabalhos previstos e imprescindíveis, o Projeto de Intervenção será revisto, após o que serão lançados os procedimentos concursais necessários para que finalmente se possa devolver o esplendor e repor a dignidade ao sítio.