
A expressão da terra, a voz dos homens, a força que os une, o peso, a densidade do ar, o vazio, o silêncio, o grupo e a solidão. Os extremos e os seus limites. Os amores e os desamores.
Os sonetos de Florbela Espanca que falam da beleza e da alma do Alentejo. Através de um olhar contemporâneo trabalha-se a fusão entre a música de Ólafur Arnalds e as modas do Cante Alentejano. A coreografia percorre diferentes ambientes na voz do Cante Alentejano e no Alentejo.
A tridimensionalidade das cenas, a teatralidade e cumplicidade dos corpos, as personagens retiradas de histórias da terra, as construções de movimentos entrelaçados e ligados em teia, carregados de emoção, numa energia continua que percorre os corpos dos bailarinos. Um corpo coletivo, uma única voz,
a força de uma região.
Uma produção da CDCE - Companhia de Dança Contemporânea de Évora, com direção e coreografia de Nélia Pinheiro. Com os bailarinos Constança Sierra Couto, Fábio Blanco, Fábio Simões, Gonçalo Andrade, Margarida Belo Costa e Nélia Pinheiro e interpretação de modas ao vivo por “Os Ganhões” de Castro Verde Grupo de Cantares. Figurinos de José António Tenente.