Um dia faremos tudo em laboratório?

Um dia faremos tudo em laboratório?

Oeiras

20/11/2018 a 20/11/2018

Palácio Marquês de Pombal

Entrada gratuita sujeita à capacidade da sala

20 de Novembro de 2018
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Um dia faremos tudo em laboratório?, é uma pergunta de partida que alude à utopia do replicador universal. Num cenário longínquo da ficção científica, poder-se-á produzir em laboratório toda a matéria real ou imaginada, desde que sejam ditados exatamente quais os átomos e moléculas necessários para a construir. E como é que a nanotecnologia está a mudar o mundo? O que é e como se consegue implementar uma escala tão pequena? Quais as vantagens da nanotecnologia no desenvolvimento de novos materiais e produtos eletrónicos? Quais as tecnologias mais promissoras?

Algumas destas e outras questões resultam de ideias que se desenvolvem no Centro de Investigação de Materiais do Laboratório Associado i3N, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, dirigido por Elvira Fortunato. Trata-se do centro de investigação na área dos materiais e nanotecnologias com mais bolsas do European Research Council a nível nacional. Ali, a ciência é colocada a funcionar e anda de mãos dadas com as empresas e o mercado. 

Imagine as embalagens de iogurtes ou medicamentos com etiquetas inteligentes que mudam de cor quando termina a de validade. Continue a imaginar que a sua televisão poderá ser feita de papel que se enrola e se mete na mala para levar para qualquer sítio como se de um cartaz se tratasse... Curiosos?

A investigadora Elvira Fortunato, pioneira a nível europeu na área da eletrónica transparente, vem encerrar o 1º ciclo de Masterclasses COGITO. A moderação é de Rui Neto Pereira.

Elvira Fortunato, Professora Catedrática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), é investigadora especialista em engenharia de materiais. É também diretora do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N) e do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat). A equipa de investigação do Cenimat foi percursora na produção de transístores com uma camada de papel que são tão competitivos como os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores, área de investigação de ponta em que detém patentes internacionais. 

Em 2010 foi distinguida com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Entre 2012 e 2015 fez parte do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e foi membro do conselho consultivo da DG CONNECT (2014-2015). Entre mais de 19 prémios e distinções internacionais, foi distinguida pela Academia Europeia das Ciências com o prémio Blaise Pascal Medal for Materials Science 2016. Integra, desde Novembro de 2015, o Grupo de Conselheiros de Alto Nível para o Mecanismo de Consulta e Assessoria Científica da Comissão Europeia. Em 2016, a investigadora foi considerada pela revista Executiva como uma das mulheres mais influentes de Portugal. É, também, vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa. Com vários prémios acumulados, Elvira Fortunato está na linha da frente da chamada revolução da eletrónica de papel e da eletrónica transparente.