ninhos para a ave chapim

Ninhos para a Ave Chapim

A processionária-do-pinheiro (Thaumetopoea pityocampa Schiff) é uma borboleta, que parasita principalmente os pinheiros e cedros.


Como qualquer borboleta, o seu desenvolvimento inicia-se no ovo, segue-se a fase de lagarta, depois a pupa ou crisálida (casulo) e por fim, emerge a borboleta adulta.


A processionária pode representar um problema de saúde pública, especialmente durante o inverno e até à primavera, uma vez que nesta altura a lagarta desenvolve pelos urticantes que causam alergias na pele, olhos e aparelho respiratório.

 



Depois de estarem completamente desenvolvidas, de meados de fevereiro até maio, as lagartas abandonam o ninho deslocando-se em fila e lembrando uma procissão, daí o seu nome comum: Processionária.


Felizmente existe uma pequena ave, o chapim-azul (Cyanistes caeruleus) que não se incomoda com os pelos urticantes e alimenta-se da lagarta, proporcionando o controlo biológico desta praga.


Por se tratar de uma ave cavernícola (que constrói o seu ninho em cavidades) e tendo em conta que em meio urbano pode haver escassez deste tipo de estruturas, quer pela inexistência de árvores mortas quer pela presença de espécies exóticas que competem por estes locais, a colocação de caixas-ninho torna-se essencial. Assim, para além do controlo químico, o município tem vindo a apostar cada vez mais no controlo biológico, através do reforço de caixas-ninho e da sua monitorização.

 


 

Atualmente existe perto de uma centena de caixas-ninho distribuídas por Oeiras.


Durante as monitorizações realizadas em 2020, verificou-se que 39% dos ninhos se encontravam ocupados, na sua grande maioria por chapim-azul! Os resultados são animadores e indicam o sucesso deste projeto, que além de promover o controlo da processionária, permite aumentar a biodiversidade em meio urbano.