
As flores silvestres são parte essencial do património genético de Oeiras e a sua preservação permite reduzir a erosão do solo, melhorar a sua estrutura e preservar a biodiversidade, especialmente o número e abundância de insetos polinizadores. Estas flores completam o seu ciclo de vida – germinação, floração e frutificação – num ano, muitas vezes numa única estação (tipicamente na primavera). Por esta razão, é expectável assistir a uma variedade de cores nos prados silvestres que se alteram em função das estações do ano.
As flores, cujo ciclo de vida termina no verão, ostentam nesta altura a cor amarela. Esta fase de fim de vida é de extrema importância, uma vez que, neste período, as sementes encontram-se prontas para ser devolvidas ao solo, assegurando o recomeço de um novo ciclo no ano seguinte.
Compreende-se, por isso, que os cortes de prados antecipados (com a vegetação ainda verde) e frequentes são contraproducentes uma vez que impedem a maturação da semente e, portanto, a sua autorregeneração, pelo que a sua ausência não deve ser entendida como abandono, mas sim como respeito pelos ciclos da Natureza.
Oeiras respeita o ciclo de vida das flores silvestres e assegura a sobrevivência de um ecossistema que se auto perpetua, contribuindo para a adaptação e mitigação das alterações climáticas.
Esta política insere-se numa estratégia mais vasta do Município pela preservação da Biodiversidade e que prevê, além da promoção das espécies nativas, o desenvolvimento de outros projetos de preservação da biodiversidade como polinizadores e bancos de sementes.