Oeiras tem ambição e quer continuar a promover uma ação sustentada, pilar essencial das estratégias de desenvolvimento, que tem permitido qualificar o território pela ótica da responsabilidade social e humana, integrando os mais desfavorecidos, dando condições de vida aos muitos que, sem ajuda, teriam ficado irremediavelmente para trás. Neste Município promove-se a igualdade de oportunidades para todos, garantindo às famílias respostas sociais que lhes permitam conciliar a vida pessoal, profissional e familiar, promovendo o acesso à qualificação escolar, profissional e ao mercado de trabalho. Um desenvolvimento sustentável carece de instrumentos que deem a conhecer quem somos e quais as ofertas sociais de que dispomos, permitindo delinear conscientemente o caminho a seguir. Cada vez são mais marcados os constrangimentos que as famílias atravessam quer no que concerne à gestão dos recursos que têm ao seu dispor quer relativamente às imensas dificuldades de conciliação entre as esferas pessoais, familiares e profissionais. Deste modo, torna-se cada vez mais urgente a criação de instrumentos de planeamento que sirvam propósitos de racionalização e rentabilização de recursos. Entendendo que o conhecimento não pode ser dissociado de uma tomada de decisão esclarecida e consciente, o Município de Oeiras considerou, assim, que era importante a elaboração de uma Carta Social, um indispensável documento de reflexão e de suporte às intervenções sobre áreas tão sensíveis e com tão grande impacto na vida das pessoas e das comunidades. A Carta Social do Concelho de Oeiras foi apresentada publicamente no dia 27 de setembro e o documento tem como objetivo dar a conhecer aos cidadãos e atores locais, não só os projetos de intervenção social em prática no concelho, como os equipamentos e serviços sociais existentes no território, sua localização e natureza jurídica, para as respostas de apoio a idosos, crianças e jovens, toxicodependência, pessoas com doenças de foro mental ou psicológico, pessoas em situação de dependência e família e comunidade. Este estudo encontra-se estruturado em sete partes, sendo que compreende uma caracterização socioeconómica do concelho e a uma avaliação social, identificando as vulnerabilidades e potencialidades do território em análise. Com os recursos camarários, a colaboração da grande maioria das entidades com intervenção local e o apoio do SOCINOVA-Gabinete de Investigação em Sociologia Aplicada, o objetivo foi ambicioso: conhecer e caracterizar, não só os equipamentos de índole social, como os projetos e serviços que complementarmente representam importantes recursos para a comunidade.