A Quinta de Cima do Marquês de Pombal, em Oeiras, encheu-se de vida, aromas e saberes antigos, no dia 29 de maio, numa celebração especial do Dia da Espiga, integrada no projeto Oeiras Experimenta. Mais do que um simples evento, tratou-se de um encontro intergeracional onde ciência, tradição e comunidade caminharam lado a lado.

Utentes da Associação Bairro dos Navegadores, jovens e profissionais do Centro Educativo Padre António Oliveira, Cientistas Cidadãos e outros membros da comunidade local juntaram-se aos investigadores para, de mãos na terra, participar nas colheitas dos cereais de outono/inverno e das vagens de chícharo, preparar o solo e lançar as sementes de arroz em sequeiro. Cada gesto repetiu técnicas ancestrais, agora enriquecidas pelo olhar atento da ciência e pelo compromisso com a sustentabilidade.

A presença de representantes da COTArroz e do Município de Oeiras veio reforçar a importância de alianças que cruzam conhecimento científico, responsabilidade ambiental e envolvimento comunitário, num esforço conjunto para promover práticas agrícolas adaptadas às novas exigências do clima.

O final da manhã trouxe um momento de pausa e partilha: um piquenique sustentável, onde sabores e conversas se cruzaram, dando lugar à confeção dos tradicionais raminhos do Dia da Espiga, símbolo de prosperidade, fertilidade e renovação. Um gesto simples, mas carregado de significado, que encerrou uma jornada dedicada à terra, à biodiversidade e à preservação dos saberes rurais.



O projeto 'Oeiras Experimenta' – Culturas climaticamente inteligentes no contexto das alterações climáticas, uma parceria entre o Município de Oeiras e o ITQB NOVA, conta com o apoio da União Europeia, através do Programa IMPETUS. Assente na ciência cidadã, pretende aproximar a investigação das pessoas, envolvendo a comunidade na construção de soluções concretas para os desafios das alterações climáticas e da agricultura sustentável.