Há Vida em Marte?

Há Vida em Marte?

Oeiras

06/11/2018 a 06/11/2018

​Palácio Marquês de Pombal

Entrada livre, condicionada à lotação da sala

06 de Novembro de 2018
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As viagens espaciais e a colonização de Marte é para muitos uma missão impossível. Contudo, alguns dados recentes ajudam a encontrar os caminhos da resposta à questão Há Vida em Marte?

Em 2012, o Rover Curiosity “aterrou” no planeta vermelho e contribuiu para a descoberta de elementos que comprovam um ambiente favorável à vida microbiana. Em 2015, outra sonda enviada pela NASA, forneceu dados que suportavam a eventual existência de água líquida salgada. Mais recentemente, em 2018, foi detetado aquilo que pode ser um lago de água no estado líquido, acontecimento que deixa em aberto a possibilidade de ter existido ou de existir ainda vida naquele planeta. E em caso afirmativo, a vida em Marte terá tido uma origem independente da origem na Terra? Ou terá a vida sido transmitida entre os dois planetas?

Como afirmou Carl Sagan, para contar a história de Marte temos de juntar a ciência e a imaginação. Diferentes visões ficcionadas estimulam a construção de uma nova realidade, desde a do escritor Herbert George Wells no clássico «A Guerra dos Mundos», à do autor norte-americano Ray Bradbury que na obra «Crónicas Marcianas» antecipava que os marcianos somos nós, mas só quando lá chegarmos.

Na verdade, são agora os humanos que ambicionam fazer do quarto planeta do sistema solar a sua nova casa. Em 2016, Barack Obama avançou que a NASA iria enviar astronautas para Marte antes do final do ano 2030. Elon Musk, fundador da SpaceX e diretor executivo da Tesla Motors, e também o Mars One, projeto holandês sem fins lucrativos, anteciparam a data de envio de colonizadores para Marte para o ano 2025. No deserto de Omã, na Península Arábica, começou já a ser testada a preparação daqueles que, um dia, poderão ir para Marte.

Mas será possível habitar Marte? É possível alcançar a utopia tão imaginada? E qual a probabilidade de mudar e moldar Marte à nossa imagem e necessidades? O cientista Adriano Henriques vai orientar-nos nas reflexões em redor da resposta a esta e outras questões. A moderação é de Rui Neto Pereira.

Adriano Henriques é Microbiólogo, estuda bactérias em particular os mecanismos moleculares que levam a que alguns desses organismos originem esporos e consigam assim resistir a valores extremas de parâmetros físicos e químicos, incluindo temperatura, vácuo, radiação e pressão. É Professor Associado no Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa, onde lidera o Laboratório de Desenvolvimento Microbiano.

 

 

 

 

INFORMAÇÕES:

Palácio Marquês de Pombal

Tel: 214 406 337maria.amandio@cm-oeiras.pt