Oeiras tem a primeira praia em Portugal com drone salva-vidas

Oeiras tem a primeira praia em Portugal com drone salva-vidas

19 set 2018
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São 11h30 da manhã e, como é hábito no mês de agosto , a praia de Santo Amaro de Oeiras está repleta de banhistas, que recorrem àquela que é considerada uma das melhores praias urbanas do país para se refrescarem. Um objeto preto, com várias hélices, pousado no areal suscita olhares curiosos de todos os que por ali passam.

Foi este o cenário que caraterizou a manhã do dia 20 de agosto, e no qual foi apresentado o novo drone salva-vidas, que vai tornar as praias do concelho as mais seguras do país.

Equipado com câmara de vigilância, um altifalante e uma boia salva-vidas insuflável com capacidades para acudir até quatro pessoas, o drone vai manter-se nas praias até ao final da época balnear. Após este período, a ideia é que o equipamento possa continuar a ser útil, por exemplo em situações de incêndio, nas quais vai poder intervir levando garrafas de água, ou máscaras de oxigénio até às vítimas.

A iniciativa faz parte do projeto 'Praias – Vigilância e Socorro', levada a cabo pelos Bombeiros de Paço de Arcos, que adquiriram este drone salva-vidas com o apoio financeiro do município de Oeiras. Foi um investimento municipal de cerca de 4500 euros, valor residual 'quando do que se trata é de salvar vidas', tal como afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), Isaltino Morais.

 

O simulacro levado a cabo na praia de Santo Amaro permitiu comprovar que, em situação de perigo de afogamento, o drone possibilita um auxílio mais rápido e eficaz, diminuindo os riscos associados a uma ocorrência deste género.

A multidão que estava na praia pôde observar o objeto levantar voo, deslocando-se rapidamente sobre o mar até à 'vítima', enquanto ecoava o som de uma sirene. O pequeno embrulho amarelo fluorescente que transporta é largado, e ao tocar na água insufla de imediato revelando-se uma boia, com capacidade para quatro pessoas se apoiarem, enquanto aguardam a chegada do nadador-salvador.

No final do simulacro, o regresso do drone à areia desencadeou uma salva de palmas por parte dos banhistas que observaram todo o processo de 'salvamento'. O presidente da CMO, Isaltino Morais, destacou principalmente a importância que tem a 'rapidez no socorro' às vítimas que este equipamento permite. 'Pelo que nos foi dado a observar, em apenas 40 segundos é possível colocar a boia junto da vítima. É um investimento que vale a pena'.

 

 

O altifalante incorporado também deu nas vistas, tendo a principal função de transmitir mensagens para acalmar quem está numa situação de perigo, mas podendo também enviar alertas e conselhos aos banhistas que se encontram na praia.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, Ricardo Ribeiro, destacou ainda que o 'drone permite atingir velocidades de cerca de 65 quilómetros por hora e suporta ventos até cerca de 30 quilómetros por hora', sendo que cada salvamento no mar terá um custo de 20 euros.

 

Assim, temos orgulho em dizer que:

 o concelho de Oeiras é o primeiro do país a ter um drone salva-vidas nas suas praias.