Oito anos depois os Espacialistas regressaram a Oeiras, desta vez para apresentar a Exposição “Espacialistas no Palácio – O Palácio vai nú”, que esteve patente ao público de 20 de Março a 30 de Abril, no Palácio Marquês de Pombal.

A abertura ao público da “Casa” do Marquês de Pombal, despojada de mobiliário, de referências, memoriais e imagéticas daqueles que o habitaram, foi o território privilegiado para uma fenomenologia da imaginação. A realização desta exposição surgiu de um convite da autarquia grupo de artistas para a realização de um projeto “site-specific” para o Palácio do Marquês de Pombal.

Programar o vazio através de novas propostas de ocupação e de vivência do espaço foi o conceito utilizado nesta exposição de arte contemporânea, onde a instalação, a fotografia e o desenho foram algumas das linguagens utilizadas.

Durante o período da exposição realizaram-se também várias visitas orientadas para escolas, que se constituíram como uma forma privilegiada de explorar os conceitos básicos associados à arte contemporânea na sua relação com o espaço do Palácio, a sua identidade e referências artísticas, arquitetónicas e patrimoniais.

Decorreram ainda visitas rápidas de 30 minutos, para jovens e adultos, que pretenderam colocar em foco uma ou mais obras da exposição, num diálogo aberto com os seus autores.

O dinamismo desta exposição não ficou por aqui e foram ainda organizadas oficinas de arquitetura a partir de conceitos da exposição “Os Espacialistas No Palácio – O Palácio vai nú” com o intuito de trabalhar

estratégias para dar forma ao Vazio.

Imaginá-lo, pensá-lo, desenhá-lo e construí-lo. Inspirados na figura do “Grande Arquitecto” que foi o Marquês de Pombal foi possível dar aso ao exercício de planeamento e projeção de uma nova cidade

pombalina a partir de um cubo de mil cubos.