Foi apresentada, no passado dia 20 de junho, a metodologia de intervenção no bairro Clemente Vicente, situado no Dafundo. Depois de o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ter emitido, a pedido da autarquia, no final do ano passado, um parecer a dar conta do 'risco de derrocada' dos prédios e da 'urgente' necessidade de obras, o presidente da Câmara avança agora com o anúncio de que o futuro do bairro passa pela reabilitação, excluindo-se a hipótese de demolição.
De modo a salvaguardar a segurança dos moradores, a intervenção deverá centrar-se nos alicerces dos edifícios, por forma a evitar o risco de derrocada.
'A maioria dos moradores são idosos e pessoas com baixos recursos económicos que querem ficar nas suas casas e têm todo o direito disso, por isso decidimos que o melhor era a reabilitação', explicou Paulo Vistas na oportunidade.
O autarca adiantou ainda que a decisão surgiu depois de terem sido consultados técnicos e especialistas da área da arquitetura e património que aconselharam à preservação do edificado. A intervenção prevista para curto prazo deverá representar um investimento municipal de 140 mil euros.
Situado na linha da Marginal, junto ao rio, o bairro Clemente Vicente foi construído há cerca de 100 anos, como uma vila operária. Atualmente é constituído por 232 fogos, 190 deles ocupados, e habitado por 384 pessoas, muitas das quais idosas.
Créditos da imagem: Nuno Ferreira Santos | Jornal Público