Camb inaugura três exposições com obras nunca mostradas

Camb inaugura três exposições com obras nunca mostradas

12 set 2017
  • Cultura
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O AFETO

OS ARTISTAS SURREALISTAS NA COLEÇÃO MANUEL DE BRITO

O LEGADO DE MÁRIO HENRIQUE LEIRIA

O Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB) vai inaugurar três novas exposições, nomeadamente “O Afeto”, “Os Artistas Surrealistas na Coleção Manuel de Brito” e “O Legado de Mário Henrique Leiria”, que ficarão patentes ao público até 17 de setembro 2017.

Na exposição O AFETO vão estar as obras oferecidas à família Brito por cinquenta artistas, de Sonia Delaunay, nascida em 1885, a Rui Pedro Jorge, nascido em 1987, ao longo de meio século, em ocasiões especiais como visitas a ateliers, o Natal, o nascimento dos filhos ou os aniversários. E são tantas que muitas tiveram de ficar de fora. Destacam-se as ofertas de uma tela de Júlio Pomar como prenda de casamento, uma carta de despedida de António Dacosta recebida nas vésperas da sua morte, em 1990, de um desenho a pastel, A Marquesa saiu às Cinco, de Paula Rego aquando da sua exposição individual no CAMB ou um retrato de Manuel de Brito pintado por Fátima Mendonça após a sua morte.

A exposição ARTISTAS SURREALISTAS NA COLEÇÃO MANUEL DE BRITO, outro núcleo expositivo, tem obras de artistas como António Pedro, Cândido da Costa Pinto, António Dacosta, Artur do Cruzeiro Seixas, Jorge Vieira, Fernando Azevedo, Mário Cesariny de Vasconcelos, Marcelino Vespeira, Carlos Calvet da Costa, Eurico Gonçalves, António Quadros, Raul Perez e Mário Botas.

No terceiro núcleo expositivo apresentamos O LEGADO DE MÁRIO HENRIQUE LEIRIA, cujo espólio foi adquirido, após a sua morte em 1980, por Manuel de Brito, por estar em risco de se perder.

Mário Henrique Leiria envolveu-se ativamente no Grupo Surrealista Português entre 1949 e 1951. Poeta, escritor, tradutor, pintor, crítico de arte, editor tinha o espírito de colecionador, guardava tudo dele, dos seus parceiros e de outros escritores e pintores, desde os cartazes feitos à mão das exposições surrealistas até às fotografias, catálogos, manifestos e tudo o que se relacionava com as artes e letras. Era um leitor ávido e na sua biblioteca, com cerca de três mil livros, destacam-se os dos seus poetas e escritores favoritos como Marquês de Sade, Baudelaire, André Breton, Aragon, Prévert, Sartre ou Kafka. Também era enorme o seu interesse pelas diversas correntes artísticas, salientando uma vasta coleção sobre os movimentos surrealistas, e pelos artistas de todo o mundo, do Brasil, México ou Peru até à China. São muitos os livros de escritores e poetas portugueses e brasileiros que lhe são dedicados, de Almada Negreiros a Jorge Amado ou Erico Veríssimo.

São milhares os jornais e as revistas, da Time à Newsweek, da Hara Kiri à Charlie, do Mosquito ao Mickey, do erotismo à ficção científica, do jazz ao cinema. Fazia álbuns com as reproduções dos artistas de que gostava como Nuno Gonçalves, Goya ou Cézanne, de Marilyn Monroe, de figuras públicas e eventos políticos.

Foi feita uma escolha dos seus muitos desenhos, dos cadavre-exquis feitos com os seus companheiros, das colagens e das pinturas. Neste legado temos também obras de Artur do Cruzeiro Seixas, Jorge Vieira, Mário Cesariny de Vasconcelos, António Domingos, António Maria Lisboa, António Areal, Carlos Calvet da Costa, Carlos Eurico da Costa, Fernando Alves dos Santos, António Paulo Tomaz, Henrique Risques Pereira, Pedro Oom ou João Artur da Silva. Um imenso património para descobrir.

Contactos

Palácio Anjos, Alameda Hermano Patrone, 1945-064 Algés

Tel. 21 4111400

http://camb.cm-oeiras.pt |camb@cm-oeiras.pt

Horário

De Terça a Sexta das 10h00 às 18h00 | última entrada às 17h30

Sábados e Domingos das 12h00 às 18h00 | última entrada às 17h30

Encerra às Segundas, Feriados e dias 24 e 31 de Dezembro