O antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio foi a personalidade convidada para uma conversa em redor do seu livro «Julgamento - Uma narrativa crítica da Justiça», na sessão do 8º ciclo de 'Conversas na Aldeia Global” que teve lugar no passado dia 10 de abril, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras. A obra, na qual o autor reflete acerca das reformas do setor da Justiça, é descrita como “o produto de uma memória propositadamente não elaborada, sem trabalho de reconstituição, escorrendo em palavras a partir de uma mistura de lembranças e de esquecimentos, desprendida do rigor das provas, alheada dos documentos, dispensada de graves desígnios de certeza como fundamento de uma razão que se quer ver reconhecida. (...) Sem preocupações científicas, falando para gente comum, este livro de restos procura a justiça seguindo o trilho deixado pelas pegadas de muitos. (...) Num constante recomeço. Tudo na ilusão, apenas, da justiça”. Juiz Conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça, Laborinho Lúcio desempenhou diversos cargos, entre os quais o de ministro da Justiça, ministro da República para a Região Autónoma dos Açores, secretário de Estado da Administração Interna, deputado à Assembleia da República, Procurador-Geral Adjunto, delegado do Procurador-Geral da República, diretor da Escola de Polícia Judiciária e diretor do Centro de Estudos Judiciários. A jornalista Diana Andringa foi a convidada da sessão das Conversas na Aldeia Global do passado dia 18 de abril. A conversa, que teve lugar no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras, foi moderada por Vasco Trigo. O encontro aconteceu em consequência da divulgação da carta aberta “Pelo jornalismo, pela democracia”. Diana Andringa falou do manifesto unitário em defesa do jornalismo e das propostas de solução para a crise que abala a maioria dos órgãos de informação em Portugal com repercussões na organização da sociedade democrática. As Conversas na Aldeia Global têm entrada livre e nesta sessão os cidadãos foram desafiados a participar numa luta que é de todos: a defesa de uma imprensa livre e de qualidade que coloque os seus esforços e a sua imaginação ao serviço da sua sustentabilidade. Diana Andringa é uma jornalista portuguesa com percurso iniciado na década de 1960, pós- -graduada em Jornalismo, pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, desde 2000. Foi subdiretora do “Diário de Lisboa” e da RTP2, cronista do “Diário de Notícias” e do “Público”. Foi professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. Distinguida diversas vezes por trabalhos jornalísticos, Diana Andringa é Comendadora pela Ordem do Infante D. Henrique e membro do Conselho da mesma Ordem. Refira-se que no 8º ciclo de “Conversas na Aldeia Global”, da Câmara Municipal de Oeiras, são convidadas personalidades de diversos domínios de atividade para uma reflexão sobre os mais variados temas, de forma a estabelecer contributos para uma confiança mútua e ingredientes essenciais para fazer lembrar que vale a pena conhecer e valorizar o País em que vivemos.