Há Prova! em Oeiras 2023

Há Prova! em Oeiras de 12 a 14 de maio nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal

Ao longo dos três dias decorrerão várias atividades paralelas na área dos vinhos e gastronomia, que incluem provas comentadas com profissionais de referência do setor, visitas guiadas à adega, entre outras ações.

05 mai 2023
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imagem do evento no ano anterior


O “Há Prova!”, um dos eventos gastronómicos de maior sucesso, está de regresso aos Jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, nos dias 12, 13 e 14 de maio.

Promover o Palácio e os seus jardins enquanto espaço de riqueza histórica e patrimonial única e divulgar a oferta gastronómica do concelho é o objetivo do evento.

A primeira edição do Há Prova! aconteceu em 2013 e tem somado consecutivas edições de sucesso. 
No recinto haverá uma área de exposição, prova e venda de vinhos com produtores e distribuidores de Lisboa e outras regiões de Portugal e uma zona de degustação gastronómica com restaurantes selecionados de Oeiras e venda de comidas e bebidas. 

Ao longo dos três dias decorrerão várias atividades paralelas na área dos vinhos e gastronomia, que incluem provas comentadas com profissionais de referência do setor, visitas guiadas à adega, entre outras ações. 

Do programa, destaca-se a apresentação, no dia 14 de maio, do documentário The Guitar Barrel Project, harmonizado com a degustação da edição especial de vinho de Carcavelos Villa Oeiras envelhecido em barricas do tempo do Marquês. 
Os visitantes terão também oportunidade de apreciar, na Adega do Palácio, as seis guitarras construídas por luthiers de vários países, com madeira de tonéis proveniente da Quinta do Marquês de Pombal. 

No mesmo dia será apresentado o concurso e finalistas do Bartender do Ano 2023, bem como de um conjunto de workshops, preparados à medida para o Há Prova em Oeiras.


Sobre o 'The Guitar Barrel Project/Guitarras do Marquês':
Trata-se de um projeto que inclui a produção de seis guitarras de autor com madeira de toneis de mogno do sec. XVIII, a edição especial de vinho Villa Oeiras estagiado numa pipa da mesma madeira e ainda um filme documentário de toda esta história.
Quando a Câmara Municipal de Oeiras teve conhecimento que um luthier português tinha convidado cinco amigos luthiers internacionais para adquirirem 8 toneladas de madeiras exóticas utilizadas em toneis do sec. XVIII para a construção de guitarras e que, presumivelmente, vieram precisamente da adega do Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras, de imediato desafiou o grupo a desenvolver o projeto em conjunto.

Assim, chegou a acordo para a cedência de parte desta madeira para permitir o restauro integral de, pelo menos, um tonel original da Adega. Com a colaboração de uma tanoaria (J.Dias), foram escolhidas as peças suficientes para a reconstrução integral de um tonel de 7.000 Lt e, com as sobras, construiu-se uma pipa de 1.000 Lt.

Ao mesmo tempo que cada um dos seis luthiers construía as suas guitarras, a Câmara de Oeiras iniciava um processo de estágio na madeira de mogno para produzir um vinho único e uma edição especial que seria engarrafada e disponibilizada ao consumo na altura da exposição pública das guitarras.
Para tal foi escolhido um vinho da colheita de 2010, feito através de fermentação pelicular, tendo estagiado sete anos em carvalho português e quatro anos na tal pipa de 1.000Lt de madeira de mogno da América do Sul e que terá pertencido à adega do Marquês de Pombal, em Oeiras no séc. XVIII.
O trabalho de recuperação das madeiras e construção do tonel e da pipa passou por todos os processos necessários, como se de uma madeira “nova” se tratasse. Desta forma, pode-se considerar que foram construídos equipamentos novos com materiais antigos, facto que permitiu estudar o efeito do mogno “novo” no estágio de vinhos fortificados como o vinho de Carcavelos, neste caso o Villa Oeiras.

O resultado é impressionante, uma vez que o vinho assumiu a exclusividade deste tipo de madeira, tornando-o distinto dos demais até então produzidos.
Com uma cor amarelo dourado, com laivos avermelhados e brilhante, apresenta aromas que fazem sobressair notas acetinadas, combinadas com casca de madeira nova. Na boca, a nobreza da madeira confere-lhe um tanino elegante e adocicado, combinado com a elegante frescura e complexidade do vinho. Tem um final longo, denso e persistente.

É um vinho perfeito para harmonização com entradas fortes em gordura, como queijos secos ou de meia cura, patês, ou na sobremesa com doçaria igualmente forte à base de ovos, chocolate e frutos secos, como o bolo de noz com doce de ovos. No entanto, a sua complexidade, persistência e envolvência permite que seja servido como digestivo após a refeição, sempre refrescado e nunca à temperatura ambiente.
A Câmara de Oeiras produziu 2.000 garrafas de 0,5lt, numa edição especial em caixa de madeira onde se encontra uma peça do mogno do mesmo lote da madeira onde o vinho estagiou, com a identificação dos luthiers e com uma superfície que conserva ainda os restos dos cristais de vinho do interior dos toneis.

O resultado é reflexo da conjugação dos vários elementos que tornam esta história única: a recuperação de património cultural do séc. XVIII pertencente ao Marquês de Pombal, o estágio de um vinho de superior qualidade num tipo de madeira pouco utilizado nestas condições, a construção de seis guitarras únicas de luthiers de renome internacional.

O Vinho, a Arte, o Património, a Música e, agora por fim, a amizade dão unidade e unicidade a este projeto grandioso e singular.


 

Consulte o programa e mais informaçãoes  do evento Há Prova - O Gosto de Oeiras