Obras de requalificação valorizam complexo do Palácio do Marquês

Obras de requalificação valorizam complexo do Palácio do Marquês

15 dez 2014
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Foi concluída a obra de recuperação e restauro dos vãos exteriores do Palácio Marquês de Pombal, integrada numa intervenção global de requalificação deste importante património.Nesta obra, em concreto, foram recuperados os vãos (janelas e portas) existentes nas diversas fachadas e empenas, que apresentavam já sinais de degradação. Nesta vasta intervenção optou-se por recuperar os materiais já existentes, mantendo assim as características arquitetónicas inalteradas, em detrimento de uma solução que implicasse a substituição destes materiais por outros mais modernos mas eventualmente menos respeitadores do que terá sido a traça original. A intervenção consistiu na reparação ou substituição de peças de madeira danificadas em portas e janelas do palácio, afinação de ferragens, substituição de vidros partidos e recuperação de guardas metálicas. Foram intervencionados 109 vãos, tendo a sua recuperação restituído ao palácio parte da sua imponência. Com projeto assegurado pelos serviços municipais, a obra foi adjudicada à empresa PMJ, Lda., com prazo contratual de execução de 140 dias e um custo global de 110 mil euros. Recorde-se que o Município aprovou o novo regulamento de acesso, visita pública e cedência temporária de espaços do Palácio do Marquês de Pombal.O Palácio está aberto ao público desde o dia 22 de junho de 2015, revelando aquele que é o maior equipamento classificado do Município, importante património histórico nacional, testemunho arquitetónico e paisagístico da época pombalina .

 

Consciente da sua importância, o Município tem desenvolvido obras de conservação e reabilitação com a finalidade de proteger, valorizar e divulgar o Palácio Marquês de Pombal, assegurando o respeito pelo valor dos elementos construídos. O antigo lagar de produção de azeite foi uma das primeiras estruturas objeto de restauro, nos finais da década de 80 do século passado. Ali funcionou, até 2008, uma galeria de arte. Em 2009 o espaço foi novamente alvo de uma intervenção de recuperação, tendo sido restaurado todo o processo de produção de azeite, com vista à sua dinamização enquanto polo de recriação histórica. A recuperação do Lagar de Azeite representou um investimento municipal na ordem dos 140 mil euros. A adega do palácio foi outra das estruturas intervencionadas. Depois da obra realizada no interior, em duas fases (2012 e 2013), também as fachadas foram recuperadas. Os trabalhos tiveram início no final de 2014 e terminaram em maio de 2015, traduzindo-se num investimento de cerca de 80 mil euros. O investimento total na obra de requalificação da adega (interior e exterior) foi de 220 mil euros.Esta intervenção, para além de acautelar a preservação de tão importante acervo histórico, surgiu como resposta à necessidade de se criar uma zona de estágio em madeira para o vinho de Carcavelos (atualmente em fase de produção e designado por Villa Oeiras) na antigas instalações agrícolas do Palácio, que eram já utilizadas para esse fim no século XVIII. Procurou-se, assim,devolver a este espaço o seu uso original, tirando partido das suas características naturais, excelentes para o envelhecimento do vinho de Carcavelos. O restante complexo do Palácio Marquês de Pombal foi objeto de diversas intervenções em 2013, ano em que se realizaram obras de recuperação no Lagar do Vinho, na sala de jantar do Palácio, no Salão Nobre e salas adjacentes e no terraço sul, entre outras, representando um investimento superior a 410 mil euros. Em 2014 os trabalhos visaram, entre outros aspetos, canalização, pintura, execução de mobiliário, num investimento de perto de 40 mil euros. Já em 2015 as intervenções centraram-se nos serviços, com a obra de reformulação da portaria do palácio e do posto de turismo, instalação de WC nos jardins e pintura de salas do circuito visitável, representando um investimento de mais de 60 mil euros. O Palácio e os Jardins do Marquês de Pombal são um espaço singular em meio urbano, classificado como Monumento Nacional.A riqueza arquitetónica, patrimonial e histórica do edificado e jardins, onde são de realçar as artes decorativas, particularmente a estatuária, a azulejaria e o estuque, são motivos para uma visita que não deve deixar de fora o Lagarde Azeite e a Adega, onde se pode provar o vinho de Carcavelos Villa Oeiras.

 

Manter e valorizar o património arquitetónico e paisagístico da Quinta, valorizando também a fachada do edifício da Adega e muros envolventes são dois dos principais objetivos do projeto de requalificação do espaço de entrada na adega e jardins do Palácio do Marquês de Pombal, contíguo à Rua do Aqueduto.Incidindo sobre uma área aproximada de sete mil metros quadrados, a obra contemplou a integração de um espaço para estacionamento automóvel, bem como uma entrada para veículos pesados. O projeto prevê a reposição da Alameda dos Loureiros, ligando a Casa da Pesca à Cascata dos Poetas, promovendo a amplitude de vista existente para nascente com os relvados e edifícios do Palácio. Ao mesmo tempo, integra estacionamento automóvel de caráter natural e informal. De acordo com as características intrínsecas ao espaço, foram definidas zonas de circulação, estadia/ recreio e enquadramento. A conceção do espaço faz recurso a uma linguagem de formas geométricas consonantes com a imagem existente em toda a quinta, valorizando o diálogo com os restantes espaços exteriores, com o edificado e promovendo, simultaneamente, a integração com a envolvente.Em termos gerais o projeto que serviu de base à execução da obra previu a definição de quatro zonas distintas que se articulam entre si: uma praça de receção à adega, tirando partido da geometria evidente da fachada principal e fachadas envolventes, uma zona polivalente preparada para estacionamento automóvel, uma zona de entrada pedonal no eixo correspondente à Alameda dosLoureiros e uma zona junto à ribeira da Laje, tirando partido do rio e da vista para a margem esquerda da ribeira. A zona de entrada pedonal que marca o eixo de ligação entre a Casa da Pesca e a Cascata dos Poetas (Alameda dos Loureiros) considera a futura abertura à população do espaço da Estação Agronómica Nacional, ligando assim a quinta de cima e a quinta de baixo. Neste local o muro foi recuado, criando-se uma praça de receção, o que permite melhorias ao nível da segurança rodoviária e concede dignidade à quinta e aos espaços de entrada nos jardins. A par da reposição do portão original para entrada pedonal, propõe-se um novo portão para entrada pontual de pesados (cargas e descargas, eventos, entre outros). Relativamente às pedras que se julga terem feito parte de uma construção ali existente e original do século XVIII, a chamada “coelheira”, foram escolhidas criteriosamente para construir o muro de entrada desta zona.Esta área prevê ainda o alargamento do eixo que dá continuidade à Alameda dos Loureiros e culmina nos relvados da Cascata. Junto à ribeira, por outro lado, são propostos novos percursos pedonais (também em saibro vermelho) segundo a mesma lógica geométrica, valorizando as conversadeiras ali existentes e potenciando a utilização pedonal. Um grande relvado, enquadrado a norte e a sul por vegetação arbórea, integrando as pedras trabalhadas e/ou esculpidas não utilizadas na construção do muro, recorrendo à mesma linguagem e geometria utilizadas na requalificação de todo o espaço e uma zona verde herbáceo-arbustiva contígua à Rua do Aqueduto completam o projeto. Restauro de vãos exteriores no edifício sede dos Paços do Concelho. Também foram realizados trabalhos relativos à recuperação e restauro dos vãos exteriores situados nos alçados dos edifícios dos Paços do Concelho e antigos SMAS. Nesta intervenção, faseada, foram contemplados os trabalhos relativos à reabilitação dos elementos metálicos, o tratamento e pintura dos vãos, incluindo a substituição de vidros, bem como a limpeza das cantarias. A obra de recuperação iniciou-se pelas fachadas do edifício dos antigos SMAS, seguindo-se o edifício sede da Câmara Municipal e por fim um dos edifícios contíguos. A empreitada, cuja execução é da responsabilidade dos serviços municpais, foi adjudicada à empresa Almeida D´Eça Engenharia e Construção Unipessoal, Lda, com um custo global que ronda os 114 mil euros. Avança limpeza e reparação de coberturas. Com a duração de um ano, dividida em duas fases, esta intervenção pretende efetuar a limpeza e pequenas reparações nas coberturas de todo o edificado que constitui o complexo do Palácio do Marquês de Pombal – palácio, adega, lagares de vinho e azeite, Casa da Malta e Paços do Concelho – melhorando a capacidade dos edifícios para enfrentar as condiçõesmeteorológicas típicas do inverno.Neste âmbito foram removidas, com recurso e jato de água e escovagem, as contaminações biológicas e a sujidade acumuladas nas telhas e caleiras de escoamento. Foi ainda substituída a impermeabilização dessas caleiras, bem como efetuada uma limpeza superficial das cantarias do palácio, contribuindo igualmente para o melhoramento estético de todos os edifícios.A obra foi adjudicada à empresa VCJ, Lda. e corresponde a um investimento na ordem dos 54 mil euros.