Praça das Liberdades: 'O Tempo das Mulheres'

Praça das Liberdades: 'O Tempo das Mulheres'

O próximo Praça das Liberdades, com o tema 'O Tempo das Mulheres', terá lugar no dia 8 de março, às 21h30. O evento será transmitido em direto no Facebook do Município de Oeiras e das Bibliotecas Municipais de Oeiras.

08/03/2022 a 08/03/2022

Palácio do Egito | Online

Gratuito

08 de Março de 2022
  • Oeiras
  • descobrir
  • Cultura
  • União de Freguesias de Oeiras, São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
Praça das Liberdades: 'O Tempo das Mulheres'

O próximo Praça das Liberdades, com o tema 'O Tempo das Mulheres', terá lugar no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, às 21h30. Esta edição decorre no Palácio do Egito, com transmissão em direto no Facebook do Município de Oeiras e das Bibliotecas Municipais de Oeiras, e tem a participação de Maria do Rosário Pedreira, Inês Brasão e Manuel Abrantes, com moderação de Nicolau Santos.

Sobre o evento:

No dia 8 de março dedicaremos o Praça das Liberdades à Mulher. Em foco a trabalhadora doméstica, desde a sua situação mais servil (de 1940 a 1970) até à atualidade. O reconhecimento a essas meninas (num tempo mais remoto) e a essas mulheres (de hoje), as condições em que trabalharam e trabalham, as formas de relacionamento, a natureza dos conflitos e os códigos de tratamento, as origens sociais, os hábitos, os usos do corpo, a linguagem, as histórias, entre muitos outros aspetos, serão alvo de uma conversa entre Inês Brasão, investigadora e autora do livro (com origem na sua tese de doutoramento) O Tempo das Criadas: a condição servil em Portugal (1940-1970); Manuel Abrantes, professor e autor da tese de doutoramento Out of the penumbra: dispute and alliance in domestic service employment relationships; e Maria do Rosário Pedreira, escritora, editora e autora de uma crónica recente intitulada Tempos difíceis. Cita-se, da mesma: “… as empregadas que passavam por nossa casa pareciam-me tão alegres: riam, dançavam, levavam-nos às cavalitas a bailes e procissões e davam-nos groselhas e pirolitos; eu chamava «mamã Fernanda» a uma delas e chorei uma semana inteira quando ela se casou, sem saber que a rapariga seria muito mais feliz sem mim na casa dela…”.

Convidados:

  • Inês Brasão: Professora de Sociologia no Politécnico de Leiria desde 1997 e doutorada em Sociologia e Economia Históricas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em 1997 foi distinguida com o Prémio Carolina Michaelis de Vasconcelos pela sua dissertação na área de estudos sobre a mulher, em 2011 obteve o Prémio Maria Lamas pelo estudo da condição servil doméstica em Portugal e que deu origem, em 2012, ao livro “O Tempo das Criadas”, editado pela Tinta da China. É investigadora integrada no IHC (FCSH-UNL) e CITUR, (IPL).
     
  • Manuel Abrantes: concluiu, em 2008, o mestrado em Sociologia, na Universidade de Amesterdão, e doutorou-se em Sociologia Económica e das Organizações, no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, com uma tese sobre as relações de trabalho no serviço doméstico contemporâneo. De 2018 a 2020, exerceu as funções de Técnico Especialista no gabinete da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade. Presentemente é sociólogo no CESIS - Centro de Estudos para a Intervenção Social, e leciona no Programa de Mestrado em Estudos sobre as Mulheres da Universidade Aberta.
     
  • Maria do Rosário Pedreira: Escritora e editora portuguesa, Maria do Rosário Pedreira nasceu em 1959, em Lisboa. Licenciou-se em 1981, na Universidade Clássica de Lisboa, em Línguas e Literaturas Modernas, e fez ainda o curso de Língua e Cultura do Instituto de Cultura, em Portugal; foi ainda bolseira do governo italiano, em Perugia, e aluna do Goethe Institut. Tem a sua obra poética coligida em Poesia Reunida, que a Quetzal publicou em 2012 e, para além de poetisa, romancista, autora de literatura juvenil e um dos nomes mais importantes da escrita de fado, Maria do Rosário Pedreira é também uma referência de grande qualidade para a edição portuguesa contemporânea, sendo editora na Leya. Mantém o blogue As Horas Extraordinárias.