Requalificação da Rua do Aqueduto reforça segurança rodoviária

Requalificação da Rua do Aqueduto reforça segurança rodoviária

09 dez 2016
  • obras municipais
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Contribuir para a redução da velocidade automóvel, a criação de melhores condições de circulação viária e o aumento da segurança dos peões foram os objetivos que presidiram à realização dos trabalhos recentemente concluídos na Rua do Aqueduto, em Oeiras. A obra permitiu também responder à necessidade de devolver dignidade à Quinta do Marquês de Pombal e à zona de entrada nos jardins, para a qual a requalificação desta artéria se afigurava como fundamental.

A intervenção contemplou a substituição do pavimento por cubos de pedra e pavimento antiderrapante com cor, remetendo para os tons da adega que dali se avista. Desta forma pretende-se, por um lado, a redução da velocidade por parte dos automobilistas e, por outro, devolver a importância histórica e dignidade devida a estes espaços. A alteração do pavimento contribui para valorizar e unificar todo o espaço: Quinta de Cima e Quinta de Baixo.

Muito embora a Rua do Aqueduto registe intenso tráfego automóvel, uma vez que funciona como uma via alternativa à autoestrada A5 (no troço entre o nó de Oeiras e o nó de Carcavelos, permitindo assim evitar o pagamento de uma portagem adicional), na sua essência esta é de uma estrada de carácter local e histórico.

Ao longo dos anos tem sido assim: a rua regista uma carga de utilização excessiva, muito pouco compatível com as suas características e em função dos percursos essencialmente pedonais do interior de um jardim histórico, classificado como Monumento Nacional.

Não se prevê que a rua deixe, para já, de ter uma utilização excessiva, mas pretende-se incrementar a segurança e que as velocidades ali praticadas sejam compatíveis com as características da via, da envolvente e dos usos que aí predominam e que se pretendem valorizar.

De assinalar que esta obra é complementar à realizada em 2015, no estacionamento e na nova entrada dos jardins do Palácio e que permitiu repor a Alameda dos Loureiros – importante eixo de ligação entre a Casa da Pesca e a Cascata dos Poetas (perpendicular à Rua do Aqueduto e após o chamado ‘sobe-e-desce’).

O muro existente sofreu um recuo, criando-se uma praça de receção, concedendo a dignidade merecida à Quinta e aos espaços de entrada nos jardins.

Neste espaço foi reposto o portão original para entrada pedonal e incluído um novo portão para entrada automóvel.

Dada a proximidade do ‘sobe-e-desce’, precedido de uma curva – este é um ponto assinalado como potenciador de acidentes – revelou-se essencial assegurar que se tomassem medidas concretas para a redução de velocidade. São frequentes os acidentes e os vestígios de acidentes – sobretudo à noite – tendo como consequência danos nas infraestruturas e equipamentos, como é o caso de candeeiros danificados, muitas vezes com fuga dos condutores após o embate.

Recorde-se que a Quinta de Recreio do Marquês de Pombal corresponde a um exemplar único de uma propriedade modelar agroindustrial.

Através do dinamismo, poder político e económico do Marquês, foi possível implementar em Portugal uma série de inovações tecnológicas e um emparcelamento e funcionalidade do espaço agroindustrial permitindo produzir e transformar os produtos, para uma comercialização e uma conquista de mercados que colocavam Portugal no centro da Europa do século XVIII.

O conjunto composto pelo Palácio, os jardins, a Casa da Pesca e a Cascata dos Poetas estão classificados como Monumento Nacional.

Ao adquirir o Palácio e os jardins históricos do Marquês de Pombal a Câmara Municipal abriu as portas de um universo novo, que sempre despertou a curiosidade dos habitantes do concelho.

Os oeirenses espreitavam-nos pelos portões entreabertos ou admiravam as belas araucárias ao longe, por cima dos altos muros. Os jardins, durante muito tempo apenas acessíveis através de visitas em grupos guiados e com marcação prévia, constam agora dos circuitos culturais e turísticos, podendo ganhar assento entre os principais jardins históricos europeus.

Estes dão a mão a duas épocas e dois estilos – o pombalino, barroco e rococó português – e os jardins desenhados pelo arquiteto paisagista Ribeiro Telles, nos anos 60 do século XX, para recuperar muitos espaços então abandonados.

São estas circunstâncias únicas que contribuem para reforçar o carácter lúdico/cultural do qual se reveste esta estrutura, podendo de futuro afirmar-se, cada vez mais, como um espaço vocacionado para visitas, espetáculos, ciclos de eventos, exposições, entre outros.