Sala de Jantar do Palácio do Marquês Renovada

Sala de Jantar do Palácio do Marquês Renovada

28 nov 2013
  • Cultura
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O Palácio do Marquês de Pombal, e respetivos jardins, foram adquiridos pela Câmara Municipal de Oeiras em novembro de 2003, tendo a posse efetiva ocorrido em novembro de 2012. Uma das primeiras intervenções promovidas pelo Município no Palácio consistiu na recuperação da sala de jantar e compartimentos adjacentes, situados no piso térreo (virados a sul para o pátio das araucárias), um investimento total na ordem dos 53 mil euros (IVA incluído). Intervenções anteriores, ausência de manutenção adequada e utilização como biblioteca pelo Instituto Nacional de Administração contribuíram, ao longo dos anos, para desvirtuar o propósito original daquela sala, que se pretendia renovada. O pavimento original quadriculado em pedra de diferentes tipos, com cerca de 250 anos, tinha sido sujeito a diferentes maus tratos: coberto com alcatifa, tijoleira, pavimentos técnicos e mesmo removido na sala de jantar principal, onde foi substituído por uma laje em betão leve. Algumas paredes, portas e janelas apresentavam sinais de elevada degradação, nomeadamente devido a infiltrações provenientes da fachada. As instalações elétricas construídas e ampliadas ao longo dos anos eram maioritariamente à vista e as aparelhagens abrangiam modelos de várias décadas, desde os anos 70 do século passado até aos dias de hoje. Diverso mobiliário deixado para trás e amontoado ocupava de forma indigna aqueles espaços. A maioria dos tetos e vários painéis de azulejo apresentavam elementos em falta ou muito degradados, carecendo de restauro urgente. Dada a particularidade, tempo e verba necessária para o restauro de tetos decorados e painéis de azulejo, a intervenção cingiu-se à recuperação de pavimentos, embebimento de instalações elétricas, picagem e reconstrução de rebocos em paredes, reparação de portas e janelas em madeira e pinturas. Após a remoção das alcatifas, pavimentos técnicos e tijoleira, os pavimentos em pedra sobreviventes foram recuperados, tendo sido utilizadas técnicas pouco abrasivas e quimicamente não-agressivas, bem como a substituição pontual de elementos em falta por peças semelhantes.