O Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB) inaugurou, no dia 30 de março, três novas exposições: 'O Afeto', 'Os Artistas Surrealistas na Coleção Manuel de Brito' e 'O Legado de Mário Henrique Leiria'.

Em 'O Afeto' estão patentes as obras oferecidas à família Brito por 50 artistas, de Sonia Delaunay, nascida em 1885, a Rui Pedro Jorge, nascido em 1987, ao longo de meio século, em ocasiões especiais, como visitas a ateliers, o Natal, o nascimento dos filhos ou os aniversários.

Destacam-se as ofertas de uma tela de Júlio Pomar como prenda de casamento, uma carta de despedida de António Dacosta recebida nas vésperas da sua morte, em 1990, de um desenho a pastel, 'A Marquesa saiu às Cinco', de Paula Rego aquando da sua exposição individual no CAMB ou um retrato de Manuel de Brito pintado por Fátima Mendonça após a sua morte.

A exposição 'Os Artistas Surrealistas na Coleção Manuel de Brito' inclui obras de artistas como António Pedro, Cândido da Costa Pinto, António Dacosta, Artur do Cruzeiro Seixas, Jorge Vieira, Fernando Azevedo, Mário Cesariny de Vasconcelos, Marcelino Vespeira, Carlos Calvet da Costa, Eurico Gonçalves, António Quadros, Raul Perez e Mário Botas.

No terceiro núcleo expositivo apresenta-se o espólio de Mário Henrique Leiria, adquirido por Manuel de Brito após a sua morte, em 1980.

Poeta, escritor, tradutor, pintor, crítico de arte e editor tinha espírito de colecionador, tendo acumulado cartazes, fotografias, catálogos, manifestos e tudo o que se relacionava com as artes e as letras. Era um leitor ávido e na sua biblioteca, com cerca de 3000 livros, destacam-se os dos seus poetas e escritores favoritos como Marquês de Sade, Baudelaire, André Breton, Aragon, Prévert, Sartre ou Kafka. São milhares os jornais e as revistas, da Time à Newsweek, da Hara Kiri à Charlie, do Mosquito ao Mickey, do erotismo à ficção científica, do jazz ao cinema. Um imenso património para descobrir.

As três exposições podem ser vistas até 17 de setembro.