Igreja Matriz de Oeiras

Igreja Matriz de Oeiras

A igreja matriz de Oeiras dedicada a Nossa Senhora da Purificação, começou a ser construída em 1702, tendo sido inaugurada em 1744. (...) A construção da atual capela-mor, com o fecho da abóboda, foi terminada em Agosto de 1704.

Considera-se como certa a sua existência já no reinado de D. Dinis, mas da então paróquia de Nossa Senhora da Purificação de Oeiras até à atual igreja matriz, bastantes séculos decorreram. 

A ideia de se proceder à construção de um templo significativamente espaçoso para as necessidades da freguesia foi nascendo e surgindo ao longo dos tempos, embora se tornasse difícil de executar, tendo em conta a enorme despesa que acarretava. Mas a pequenez da antiga igreja paroquial era, de facto, manifesta.

O responsável pelo projeto arquitetónico foi o célebre arquiteto régio João Antunes, nesta fase já no final da sua carreira. O superintendente que finalizou as obras foi D. António Rebelo de Andrade, homem de cultura muito apurada, que personifica o mecenas da época barroca. No entanto e à data da sagração desta obra, embora a igreja estivesse totalmente edificada, faltava a colocação das pinturas.

 

«Uma cidade sem seus velhos edifícios é como um homem sem memória». Leandro Silva Teles

 

O interior da Igreja Matriz de Oeiras possui alguns elementos que se destacam pela sua grande beleza. É o caso da pia batismal, obra do mestre Matias Duarte, com o pé de pedra bastarda e o corpo de pedra lioz. O lavatório da sacristia é outro dos elementos a destacar. Obra do mestre anterior, apresenta uma conjugação muito feliz de pedra lioz (branca) e de pedra vermelha (mármore avermelhado), tratando-se de um conjunto de rara perfeição e beleza, salientando-se também os púlpitos, de perfeição e rendilhados impressionantes. Convém também dar uma especial atenção às pinturas que ornamentam a igreja matriz.

No altar-mor existem quatro grandes pinturas realizadas por Miguel António do Amaral. Uma delas representa a última ceia; outra, uma cena da Vida de Jesus e outra representa Madalena.

Por cima dos altares da igreja salientam-se dez pinturas com momentos marcantes da vida da Virgem. São temas escolhidos por António Rebelo de Andrade, assim como os oito painéis que também decoram estes altares. No alto, por cima do arco cruzeiro, salienta-se a pintura central alusiva à padroeira da igreja – Nossa Senhora da Purificação, pertencente à oficina de Jerónimo da Silva de Lisboa. A igreja possui ainda um belo órgão (no coro).

 

Horário:

2ª feira: 09h00-13h00